JOSEPHA ANUNCIATA LUIGIA Cavalca e GIOVANNI ZANCA

No dia 05/05/1867, na Comune di Bagnolo San Vito, Provincia di Mantova, Regione della Lombardia, Italia, nasceu JOSEPHA ANUNCIATA LUIGIA Cavalca, primogênita de Paolo Biagio Cavalca e Leonilda Pesca. Batizado na mesma paróquia que seu pai, a de San Vito Modesto, viveu toda a sua infância na Itália e quando seus pais resolveram deixar para trás a sua terra natal, imigrou para o Brasil, acompanhado de seus irmãos: Antonio, Gaetano, Dina e Luigi. Os primeiros meses de adaptação ao Novo Mundo foram de grande dificuldade. Sofriam com as diferenças climáticas, e o novo idioma. Porém, com a chegada de novos patrícios, a Colônia de Porto Príncipe, no Vale do Rio Itajaí, em Santa Catarina onde residiam e trabalhavam, ganhava maiores semelhanças com a querida Itália, agora distante.

Apaixonou-se por GIOVANNI ZANCA, uma imigrante italiano, filho de Sperandio Zanca e Erminia Pirinelli, nascido em 25/08/1861, na Comune di Bigarello (già Cazerdole), Roncoferraro, Provincia di Mantova, Regione dela Lombardia, Italia e residente na mesma colônia, no Vale do Rio Itajaí, em Santa Catarina.

GIOVANNI ZANCA foi batizado em 27/08/1861 na Parrochia dei “Santi Giacomo e Mariani martiri” na mesma comune em que nasceu.

Segundo o livro da administração Carvalho Borges, de 1878, guardado no Museu e Arquivo Histórico do Vale do Itajaí-Mirim Sperindio Zanca era proprietário do lote 25 à margem direita do Ribeirão Porto Franco, segundo medição realizada em Outubro/1879, pag. 25 v.

ANUNCIATA e GIOVANNI casaram-se na Capela de São José do Porto Franco, hoje Botuverá - SC, no dia 1º/05/1885, na presença das testemunhas Joane Paolini e Caetano Betati, abençoados pelo cura Pe. João Fritzen.

GIOVANNI ZANCA e Francisco Maestri eram proprietários da linha Cabeceira da Gabiroba, segundo medição realizada em Fevereiro de 1913, onde todos os filhos nasceram e cresceram.

GIOVANNI ZANCA faleceu em Botuverá- SC no dia 08/04/1919.

ALEXANDRE

O primogênito do casal Alexandre Zanca Brusque, SC, São Luiz Gonzaga, foi batizado em 27/05/1886 na Capela de São José do Porto Franco abençoado pelo Cura Padre João Fritzen e os padrinhos foram seus tios Antonio Cavalca e Rosa Merisio. Casou-se em 01/07/1910, na mesma capela, com Magdalena Costa, filha de Angelo Costa e Marianna Portioli. Desta união nasceram os filhos José, Augusto, Ernesto, Domingos, Maria e Luiz.

Aos 03/01/1932 Carlos Zanca declarou em cartório que “ontem (dois), às vinte quatro horas, faleceu Ernesto Zanca, do sexo masculino, de cor branca, com dezoito anos de idade, natural deste Estado, domiciliado e residente neste distrito, solteiro, filho legítimo de Alexandre Zanca e Magdalena Costa, lavradores, naturais deste Estado, residentes neste distrito, o qual morreu sem deixar testamento e sem deixar bens a inventariar. Faleceu sem assistência médica, de morte natural de causa ignorada, e será sepultado no cemitério desta freguesia.”

Quanto a ALEXANDRE ZANCA contavam que fugiu para o mato, e nunca mais voltou, abandonando a família. Um sobrinho, um pouco antes de morrer, disse que o matou sem querer, numa caçada, atirando em alguma coisa que se mexia.

EMILIA

A primeira filha do casal Emilia foi batizada os 21/11/1887, na Capela de São José em Porto Franco, pelo Reverendo Padre Marcello Rocchi S. J. Foram padrinhos João Paolini e Theodora Zanca.

Aos 31/03/1891 João Paolini, natural da Itália, lavrador e residente em Porto Franco, compareceu ao cartório e declarou ter falecido vítima de sarampo, no dia 25 do corrente mês, pelas quatro horas da tarde, sua sobrinha Emilia, de três anos de idade, natural do município de Brusque - SC, a qual foi sepultada no cemitério daquele lugar.

LEONILDA

Leonilda Zanca casou-se com João Colombi em 03/01/1912, na Capela de São José do Porto Franco, abençoados pelo Pe. João Stolte e os padrinhos Luiz Colombi e Sperandio Zanca. João Colombi era filho de Estevão Colombi e Rosa Caresia.

SPERANDIO

Foi batizado aos 22/01/1892, na Capela do Porto-franco, pelo Cura Padre João Fritzen. Foram padrinhos João Paini e Luiza Zanca.

O lavrador Sperandio Zanca, com 24 anos de idade, casou-se na mesma igreja com Angela Tacchini, doméstica, filha de Bernardo Tacchini e Maria Marchi. Foram testemunhas Godofredo Mosimann e Andre Petermann. Tiveram os filhos Avelina, Maria, João e Hilário.

GIUSEPPE

Nascido no 28/09/1893 foi batizado em Porto Franco no 12/10/1893, abençoado pelos padrinhos Giovanni Cestari e Giovanna Sacchet. Em 01/11/1917 casou-se com Anna Maria Werner, nascida no mesmo município em 26/08/1897, domiciliada e residente em Ribeirão do Ouro, filha legítima de Pedro João Werner (+ 1910) e Maria Theresa Werner (*1880).

Aos 03/01/1927 Francisco Jacob Pedrini, Inspetor de Quarteirão de Ribeirão do Ouro, apresentou a certidão em que Giuseppe (José) Zanca, declarou que em sua residência, no dia 30/12/1926, a uma hora da tarde, em consequência de febre, faleceu sua mulher, com vinte nove anos de idade, deixando quatro filhos menores, Maria, Luiz, Leonora e Adolpho e foi sepultada no cemitério de Ribeirão do Ouro.

Aos 15/01/1927 Francisco Jacob Pedrini, Inspetor de Quarteirão do lugar Ribeirão do Ouro, apresentou a seguinte certidão: Certifico que perante mim compareceu José Zanca, residente neste lugar, e declarou que em sua residência, no dia 11/01/1927, às oito horas da noite, em consequência de febre, faleceu seu filho Adolpho, com vinte e seis dias de idade, e foi sepultado no cemitério deste lugar por minha ordem. Dou fé. Ribeirão do Ouro em 11/01/1927.

Em 21/09/1940 diante as testemunhas Domingos Santos Colzani e Luiz Mestri, casou-se em segundas núpcias com Clara Hofman (13/08/1912), filha de Miguel Hoffmann e Suzana Koch, natural de São Pedro de Alcântara. Embora fossem residentes em Capivara, município de Nova Trento – SC, o casamento foi realizado em Botuverá – SC.

Da união com Clara Hoffmann nasceram 11 filhos legítimos: Clemente, Francisco, Anastácia, Luzia Maria, João Miguel, Santo, Vicente, Bárbara, Filomena, Celso Valdir e Vitório, além de um filho adotivo Amilton Guilherme. Clara Hoffmann faleceu em 12/08/1951, na Vila de Aguti, distrito de Nova Trento – SC, sendo sepultada no Cemitério da Conquista.

Casou em terceiras núpcias com Galdina Manoel Francisco, em Itajaí, no dia 11/04/1956.

Faleceu em Curitiba no dia 1º de novembro de 1970, vítima de acidente vascular cerebral, tendo sido sepultado no Cemitério do Boqueirão.

EMILIA

A segunda filha do casal recebeu o nome de Emilia Zanca em homenagem à irmã falecida. Foi batizada pelo Cura Padre Antonio Eising, aos vinte e três de Janeiro de mil oitocentos noventa e oito na capela do Porto-Franco cujos padrinhos foram Paini Giovanni e Facchini Angela.

Casou-se com Pietro Pedrini na Capela de São José do Porto Franco, abençoados pelo Pe. João Stolte SCJ e os padrinhos Sperandio Zanca e Francisco Pedrini. Pietro Pedrini era filho de Giovanni Pedrini e Margarida Vanelli.

GUILHERME

Guilherme foi batizado 22/11/1903, na Capela de Porto Franco, pelo Reverendo Padre Giacomo. Colleoni S. J., sendo padrinhos Michele Zanca e Magdalena Zanca.

Casou-se em Brusque com Albina Vicentini, filha legítima de César Vicentini (*1872) e Maria Bernardi (*1875). Foram testemunhas: José Vicentini e Angelo Marin.

LEONILDA

Nascida no dia 03/06/1889 foi batizada na Capela do Porto Franco no dia 04/08/1889. Foram padrinhos Cesare Casagrande e Catharina Facchini.

Casou-se em 03/01/1912 com Giovanni Colombi, filho de Stephano Colombi e Rosa Caresia.

VITORIO

Nascido em 17/12/1899 foi batizado em 25/02/1900, na Capela de Porto Franco. Foram padrinhos Agostinho Razini e Blanca Alloni.

Casou-se com Rosa Vicentini, filha de Cesare Vicentini e de Maria Bernardi.

Às vinte três horas do dia 07/06/1926, Rosa deu à luz uma criança do sexo feminino a qual deram o nome de Dorvalina.

No dia 30/01/1928, às dez horas Rosa deu à luz uma criança do sexo feminino a qual deram o nome de Italia.

NATALINO

Por ter nascido no dia de Natal de 1901, no dia 06/02/1902 recebeu seu nome na pia batismal da Capela de Porto Franco tendo como padrinhos Paulo Tonini e Maria Tomasia.

Em 1946 Joanin Cavalca, irmão de Annunciata, viajou para Porto Franco para rever a irmã que havia ficado quando toda a família foi para a Colônia do Piagui. Ao chegar a Porto Franco recebeu a notícia de que Anunciata havia falecido em 18/04/1941.