CARLOS
(CARLIM) CAVALCA
Quando PAOLO chegou à
Colônia de Porto Real, em Resende (RJ), veio o luto pela morte de sua esposa
LEONILDA (21/06/1889). Contam que colocou o corpo num carroção e madeira, juntou
os filhos e foi sepultá-la. Na volta, com as crianças chorando, prometeu que
logo arrumaria outra “mamma” para cuidar deles.
Mais, tarde PAOLO
estabeleceu-se no município de Cachoeira Paulista (SP) e em 1891 foi trabalhar
no "Núcleo Agrícola de Canas", na plantação de cana de açúcar. No
mesmo local os italianos deram início à instalação da olaria de Canas, numa
época em que os tijolos eram desconhecidos na região. O nome "Canas"
teve origem na monocultura canavieira, cuja produção propiciava o pagamento das
terras da colônia ao governo da província. A monocultura do núcleo de Canas a
também abastecia o Engenho Central, em Lorena, pertencente à Sucrerie
Brasilliene, na produção de açúcar.
Em Canas, município de
Lorena – SP, PAOLO casou-se com Angela
MARIA GIROLDI (15/08/1891).
A família GIROLDI era
natural de Offanengo (Fanénch in dialetto cremasco), Comune di Salvirola, Provincia di Cremona,
Regione della Lombardia e embarcou no porto de Genova em 01/02/1877, no
vapor Sud América. Aportaram no Rio de Janeiro em 02/03/1877 Carlo Giroldi (41
anos), ANGELA MARIA GIROLDI (11 anos), Giovanni Battista (6 anos) e Rosa
Giroldi (9 meses).
Conhecida como MARIA
GIROLDI, casou-se e enviuvou de Bernardo
Costa que, segundo o Museu e Arquivo Histórico do Vale do Itajaí-Mirim - SC,
era proprietário do lote 50 na Colônia de Águas
Negras, conforme registrado no
verso da pag. 08, da pasta 07, do livro da administração Carvalho Borges, numa
medição realizada em maio/1878.
MARIA
GIROLDI teve
com Bernardo Costa seu primogênito Primo Bernardo Costa (1883). Bernardo Costa
também adotou a filha natural de Ângela, chamada Mathilde (1885). Mathilde
Costa era filha de Augusto Klapoth, imigrante alemão e residente em Brusque -
SC.
Por fim chegaram àquela
que seria o berço de toda uma geração dos Cavalca, Guaratinguetá (SP), no Vale
do Rio Paraíba do Sul. Abrigados por uma noite na Hospedaria dos Colonos
seguiram logo cedo para as terras da Colônia do Piagui. Somavam-se à família
Cavalca, os Sacchet e os Palandi.
No dia 4 de outubro de
1892 entraram na hospedaria dos imigrantes em Guaratinguetá e no dia 8 de
outubro de 1892 estabeleceu-se no Núcleo
da Colônia do Piaguhy, como lavrador, PAOLO registrou sua segunda esposa
MARIA GIROLDI, os filhos do primeiro casamento João Francisco (Joanin) e Laura,
os enteados Mathilde (Tile) e Bernardo e o sogro Carlo Giuseppe Giroldi, como
seus dependentes e tomou posse do lote 47 (com casa), cuja data para entrega provisória
do título de propriedade foi marcada para 13 de janeiro de 1893. Em 1894, PAOLO
voltou a trabalhar no "Núcleo Agrícola de Canas".
Em 17/07/1894 nasceu
CARLOS CAVALCA, o primogênito do casal PAOLO e ANGELA. Foi batizado na Paróquia
de santo Antônio pelo Padre Manuel B. Gonçalves tendo como padrinhos Natali
Tirelli e Theresa Mairra.
Com o falecimento de seus
pais MARIA GIROLDI (21/08/1907) e
PAOLO CAVALCA (29/04/1911) o lote de terra do casal foi inventariada
(21/09/1911) e vendida ao filho Martin Cavalca. Pela quantia de Rs 2:721$201
(dois contos, setecentos e vinte e um mil e duzentos e um réis).
Em 09/11/1911 a quantia
que cabia a cada um dos filhos de menor idade e a filha impúbere Luzia Rs
226$767 (duzentos e vinte e seis mil e setecentos e sessenta e sete réis), foi
recolhida ao Cofre de Órphãos do
Estado de São Paulo para pagamento e capital de juros até a maioridade de cada
um.
"CARLIM" como
era conhecido, e os outros irmãos Pedro, Leonilda e Luzia foram morar com o tio
Antonio Cavalca e ajudar nos serviços da fazenda.
Quando atingiu a
maioridade CARLIM recebeu a quantia de Rs 258$700 (duzentos e cincoenta e oito
mil, setecentos réis).
Em 05/09/1914 casou-se
com Maria Benedita de Souza, nascida
no bairro o Rio Acima em 08/04/1897,
filha de Antônio Honório de Souza e Amélia Duarte
Desta união nasceram os
filhos: Maria de Lourdes, Antônio (Ninão), Amélia (Miloca), João, Milton e José.
MARIA BENEDITA DE SOUZA
faleceu em 19 de dezembro de 1971.
CARLOS (CARLIM) CAVALCA
faleceu no dia 15de março de 1978 e em Guaratinguetá e está sepultado no
Cemitério Municipal do Pedregulho.